terça-feira, 23 de março de 2010

Perdão ou impunidade?

Após todas as declarações e revelações de casos de abuso sexual, estupros e violência física na Irlanda por sacerdotes durante anos, o Papa pede perdão pelos acontecimentos. Até hoje foram reportados mais de 15 mil casos entre crianças e adolescentes.
“Possam a nossa tristeza e lágrimas, o nosso esforço sincero por corrigir erros do passado e o nosso firme propósito de correção de dar abundantes grupos de graça para o aprofundamento da fé nas nossas famílias, paróquias, escolas e associações e para o progresso espiritual da sociedade irlandesa” escreveu.
Na carta, em nenhum momento é mencionada alguma forma de punição para os culpados.
Como perdoar a impunidade? E se você é um envolvido direto nas atrocidades comentidas todos os dias? Será que isso é domonstrar força ou aceitar a impunidade?
Como o diretor técnico da seleção togolesa de futebol, Elitsa Kodjo, que afirmou que perdoa os autores do atentado do dia 8 de janeiro, contra o ônibus da delegação de seu país, que resultou em um ferimento a bala em seu ombro, outro em seua mão e na morte de três pessoas.
“Se encontrasse nossos agressores eu os perdoaria na hora. Quero voltar um dia à Cabinda, quero encontrar os separatistas e se pudesse encontraria até mesmo o homem que atirou em mim”, afirmou Kodjo durante uma coletiva de imprensa na capital do Togo, Lomé.
“Eu diria a esse homem: ‘você disparou contra mim, mas não por falta de amor. Você é meu irmão, eu sou teu irmão, viemos apenas pelo futebol’’’.
Atitude muito nobre, mas a verdade é que essas pessoas devem ser punidas. Existem lei para serem cumpridas. Para assegurar o Estado de Direito e a ordem pública.
O perdão deve ser praticado sempre, porém assim também deve ser a lei.

Nenhum comentário:

Postar um comentário