“Como nós devemos lidar com situações históricas, nas quais comunidades tenham sido despedaçadas por violentos conflitos étnicos, religiosos ou raciais que resultaram em violações absurdas dos direitos humanos e crimes contra a humanidade?”
Esta pergunta foi formulada pelo professor Morton Winston da Universidade de New Jersey e nos leva a dois raciocínios. O primeiro de que a justiça deve ser feita; os culpados, causadores de tais conflitos presos, e julgados com toda severidade devida à gravidade do ato praticado. O segundo pensamento é de que o perdão deve ser aplicado, para que os envolvidos possam se reestruturar e retornar às relações pacíficas, curando as feridas físicas e emocionais deixadas pelo fato. Ora, como apontar uma ou outra destas teses como a mais adequada?
Tomemos como caso concreto os conflitos étnicos africanos. Angola um país da costa ocidental da África, riquíssimo em recursos naturais como petróleo e diamantes, passou por um longa guerra civil que causou deslocamentos enormes de populações, destruindo laços familiares e étnicos, e que deixou um saldo de um milhão e meio de mortos, centenas de milhares de refugiados e uma estimativa de 5 a 7 milhões de minas terrestres enterradas pelo território. Mas as feridas deixadas por tal conflito vão além destas estatísticas.
Aplicando a primeira tese de que a justiça deve ser feita, temos a visão de alguns líderes presos, acusados formalmente por crimes de guerra; fato que não eximiria a sede por justiça dos envolvidos, e que inevitavelmente transformariam este sentimento em vingança, levando a um conflito interminável.
Por outro lado, o perdão nem sempre encontraria espaço em meio às mazelas provocadas por anos de conflito.
Desta maneira concluímos que há uma interseção entre o perdão e a justiça, muito difícil de ser apontada, mas que na maioria dos casos deve ser procurada à exaustão, por ser um caminho equilibrado na resolução de situações adversas.
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Nossa que blog interessante heim?
ResponderExcluirimperdível de ser visitado!