segunda-feira, 26 de abril de 2010

Justiça para perdoar a desigualdade social Brasileira


Permitam leitores deste Blog, mencionar a seguinte reportagem veiculada no site (www.uai.com.br) no dia 19/03/2010 com o título “Cidades brasileiras são apontadas como umas das mais desiguais do mundo”.
Esta reportagem aborda um estudo realizado pela ONU (Organização das Nações Unidas) relatando que as seguintes cidades brasileiras: Goiânia, Fortaleza e Belo Horizonte (a foto acima é da Barragem Santa Lúcia em BH), figuram entre as cidades com maior desigualdade de renda do mundo. Estas capitais brasileiras só ficam atrás das cidades sul–africanas, e de Lagos na Nigéria.
De acordo com a ONU, as três cidades brasileiras apresentam um índice de GINI (que mede a desigualdade) igual ou superior a 0,61 em uma escala de zero a 1,00, em que os números mais altos mostram maior desigualdade de renda. Cidades sul-africanas pesquisadas apresentam índices entre 0,67 e 0,75; já a cidade de Lagos tem um índice de 0,64.
Porque trago esta reportagem num Blog que trata de Justiça e Perdão? Não será que tantos problemas que enfrentamos hoje na nossa sociedade como aumento da criminalidade, desemprego, falta de leitos em hospitais públicos não são reflexos da enorme desigualdade de renda no nosso País?
A Justiça é o elemento principal do nosso ordenamento jurídico, assim buscamos desde os primórdios da história da humanidade através do Direito a busca da Justiça. Não podemos deixar que o Direito perca a essência do bem comum ou caia num mero procedimento técnico a mando do poder político e econômico. Toda lei emanada pelo seu povo deve ter a noção de Justiça, assim a Justiça não é uma força metafísica ou vem de uma lei Divina, mas dos próprios homens. Podemos mencionar a teoria rousseauniana, como um dos expoentes do estudo sobre a origem da desigualdade entre os homens. Rousseau critica os desvios, desmandos do poder político, o desgoverno das leis. Rousseau, em seu contrato social, quer re-fundar os ditames do convívio social, ou seja, mantém a ordem do Estado, renuncia ao caos implantados, privilegia a liberdade e enaltece os fins sociais. Esta filosofia de Rousseau foi um dos fundamentos do contratualismo, sendo base filosófica para a Revolução Francesa.
Desta forma só nos resta perdoar a nossa sociedade que deixou o nosso país figurando como um dos maiores índices de desigualdade do mundo, gerando a partir daí diversos males que presenciamos diariamente em noticiários. A Justiça só se realiza se pensada com igualdade, daí que o nosso Direito deve ser o veículo condutor para a realização da justiça

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