Muito se discute sobre a aplicação da pena de morte em casos de crimes hediondos, caracterizados pelo complexo descaso com a vida humana.
Até que ponto se pode fazer Justiça? Seria justo fazer com que os autores de tais crimes “pagassem” com suas próprias vidas pelo que cometeram?
Bom, o que na verdade aparentemente iria corresponder como solução, passa a ser visto como um grande problema. O motivo se encontra no fato de que o Judiciário é grande monta falho e isto configuraria talvez na morte de inúmeros inocentes, fato sim de difícil perdão.
Um filme muito difundido e que trata nitidamente do assunto é “A Espera de um Milagre”, o qual o personagem principal interpretado pelo ator Michael Clarke Duncan, é preso injustamente por um crime que não cometeu e acaba por fim tendo de pagar por isto com sua própria vida.
Por ser o Poder Judiciário composto de seres humanos, os quais são passíveis de erro, acredito que por precaução a pena de morte não seria o caminho mais viável. Em se tratando da vida humana, a qual é o maior e mais precioso bem que temos, esta não pode está inserida em contexto de dúvidas, mas tão somente de certezas, o que na realidade não é o que se tem.
Além do mais, o tão almejado perdão não se consegue da noite para o dia, ou seja, com a morte do criminoso. Este, por sua vez, é um ato subjetivo, que requer amadurecimento, coragem, bondade de espírito e principalmente amor ( amor ao próximo).
Diante do exposto, vejo a pena de morte como um instrumento contraditório, na medida que se tenta alcançar o justo, correndo o risco de errar, de cometer o injusto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário