O Filme “Chico Xavier”, que está em cartaz nos cinemas desde o dia 2 de abril, relata vários momentos da vida e da obra do médium mineiro de Pedro Leopoldo que se dedicou inteiramente ao altruísmo. No entanto, o que nos interessa discutir nesse espaço é a passagem em que uma mensagem psicografada por Francisco Cândido da Silva Xavier é utilizada como prova em Julgamento.
Trata-se de uma história em que um casal perde o seu filho devido a um disparo acidental de uma arma de fogo. A mãe, que acusava o amigo do seu filho de ser culpado pelo disparo, procura todas as saídas a fim de amenizar sua dor, inclusive no espiritismo. O pai, ateu, se nega a acreditar em qualquer manifestação espiritual até o dia em que o médium Chico Xavier consegue vencer seu ceticismo ao psicografar uma carta do filho morto que revela detalhes do dia fatídico, afastando qualquer culpa do amigo e fazendo um apelo para que os pais o perdoassem. Assim, a carta é utilizada como prova no tribunal, inocentando o réu e marcando a história do país por ser a primeira vez que um magistrado aceitava o testemunho de um morto para chegar a um veredicto, fundamentado na falta de contradições entre as alegações do réu e da vítima psicografada e, ainda, na semelhança da mensagem psicografada com a escrita da vítima ainda em vida.
Extremamente polêmica no mundo jurídico, a carta psicografada já foi aceita em outros julgamentos e foi fundamental para o perdão e absolvição dos réus por homicídio, como podemos ver em uma nota publicada no site da Folha Online, em 2006. Por outro lado, muitos criminalistas ainda se recusam a aceitar tal possibilidade e pedem critérios mais rígidos para a busca da verdade. Faço então, a você leitor, um convite para uma análise mais profunda acerca do tema: Até que ponto o mundo espiritual com suas diferentes vertentes religiosas pode interferir no mundo jurídico? Existe um limite ético e racional que confronta essa possibilidade? No lugar do pai, tendo em mãos apenas uma carta psicografada, você acredita que também seria capaz de perdoar o réu? E ainda, se fosse você o Juiz? Consideraria esse tipo de prova a fim de conceder o perdão a quem tivesse sido acusado pelo crime de homicídio? Acredita que essa possibilidade evitaria injustiças?
Em um país democrático, que respeita a liberdade de expressão e as diferentes manifestações religiosas, as respostas às estas indagações provavelmente nunca chegarão a uma unanimidade. No mais, independente da sua posição referente ao tema e além de qualquer credo ou religião, aconselho que assista ao filme que não deixa de ser, em tempos de guerra, preconceito, apego material e total descrença, um exemplo de vida no corpo de um homem que consegue com a máxima humildade e incondicional capacidade de amar e perdoar constituir o íntimo sentido do que deva ser a humanidade.
Extremamente polêmica no mundo jurídico, a carta psicografada já foi aceita em outros julgamentos e foi fundamental para o perdão e absolvição dos réus por homicídio, como podemos ver em uma nota publicada no site da Folha Online, em 2006. Por outro lado, muitos criminalistas ainda se recusam a aceitar tal possibilidade e pedem critérios mais rígidos para a busca da verdade. Faço então, a você leitor, um convite para uma análise mais profunda acerca do tema: Até que ponto o mundo espiritual com suas diferentes vertentes religiosas pode interferir no mundo jurídico? Existe um limite ético e racional que confronta essa possibilidade? No lugar do pai, tendo em mãos apenas uma carta psicografada, você acredita que também seria capaz de perdoar o réu? E ainda, se fosse você o Juiz? Consideraria esse tipo de prova a fim de conceder o perdão a quem tivesse sido acusado pelo crime de homicídio? Acredita que essa possibilidade evitaria injustiças?
Em um país democrático, que respeita a liberdade de expressão e as diferentes manifestações religiosas, as respostas às estas indagações provavelmente nunca chegarão a uma unanimidade. No mais, independente da sua posição referente ao tema e além de qualquer credo ou religião, aconselho que assista ao filme que não deixa de ser, em tempos de guerra, preconceito, apego material e total descrença, um exemplo de vida no corpo de um homem que consegue com a máxima humildade e incondicional capacidade de amar e perdoar constituir o íntimo sentido do que deva ser a humanidade.
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