A busca pelo conceito de justiça é antiga: Desde o surgimento da Mitologia Grega já se personificava a justiça através das figuras Divinas. As Deusas Eríneas, por exemplo, que nasceram das gotas de sangue que caíram sobre Gaia (Terra) quando Deus Urano (Céu) foi castrado por seu Filho Cronos (Tempo), deveriam se vingar de todos os mortais que cometessem qualquer delito de sangue. Nesse momento, podemos perceber a primeira idéia de justiça: A justiça como vingança.
Com o nascimento da Deusa Atena, mais adiante, este conceito se transforma: Zeus (Deus do poder) acometido por uma terrível dor de cabeça, pede a Hefesto (Deus guerreiro) que dê uma machadada em sua cabeça. Assim que o machado encosta, nasce Atena: Símbolo da Reflexão.
A partir desse momento, transforma-se a antiga idéia de justiça: Os delitos de sangue deveriam, agora, ser julgados através da razão.
Hoje, em pleno século XXI, presenciamos há pouco tempo o julgamento de um ”caso de sangue”, protagonizado pelo casal Nardoni, que causou uma enorme repercussão Nacional.
Apesar do julgamento, dentro do Fórum o casal não parecia estar sendo julgado, mas sim previamente condenado por toda a imprensa e, consequentemente, por toda a sociedade.
Do lado de fora, toda a comoção nacional: Faixas, bandeiras, camisetas customizadas, gritos de guerra, coros, sorrisos e, ainda, ao ser declarada a sentença (que não foi nenhuma surpresa) quase três minutos de explosões de fogos de artifícios se seguiram. Comemorava-se a “Justiça”.
Ao assistir a este espetáculo, foi impossível não remeter à Mitologia Grega e mais especificamente às Deusas Eríneas. Todos aqueles que pararam, literalmente, suas rotinas para acompanhar cada minuto do julgamento, com os olhos sedentos de vingança, capazes, se possível, de massacrar os acusados ali mesmo, com suas próprias mãos, eram nada menos que Eríneas dispostas a se vingar do sangue derramado. Ali não havia reflexão nem razão, eram animais irracionais seguindo apenas suas emoções, seus instintos e impulsos.
Não sei quanto a você, leitor, mas todo esse cenário que perdurou por cinco intermináveis dias me fez pensar, com certo receio, que ainda nos incorporamos muitas vezes do conceito de justiça pela sua ótica mais primitiva e que, talvez, as Deusas Eríneas não sejam apenas figuras mitológicas decorrentes de lendas e tradições, mas sim figuras vivas prontas para despertar, a qualquer momento, dentro de cada um de nós.
Com o nascimento da Deusa Atena, mais adiante, este conceito se transforma: Zeus (Deus do poder) acometido por uma terrível dor de cabeça, pede a Hefesto (Deus guerreiro) que dê uma machadada em sua cabeça. Assim que o machado encosta, nasce Atena: Símbolo da Reflexão.
A partir desse momento, transforma-se a antiga idéia de justiça: Os delitos de sangue deveriam, agora, ser julgados através da razão.
Hoje, em pleno século XXI, presenciamos há pouco tempo o julgamento de um ”caso de sangue”, protagonizado pelo casal Nardoni, que causou uma enorme repercussão Nacional.
Apesar do julgamento, dentro do Fórum o casal não parecia estar sendo julgado, mas sim previamente condenado por toda a imprensa e, consequentemente, por toda a sociedade.
Do lado de fora, toda a comoção nacional: Faixas, bandeiras, camisetas customizadas, gritos de guerra, coros, sorrisos e, ainda, ao ser declarada a sentença (que não foi nenhuma surpresa) quase três minutos de explosões de fogos de artifícios se seguiram. Comemorava-se a “Justiça”.
Ao assistir a este espetáculo, foi impossível não remeter à Mitologia Grega e mais especificamente às Deusas Eríneas. Todos aqueles que pararam, literalmente, suas rotinas para acompanhar cada minuto do julgamento, com os olhos sedentos de vingança, capazes, se possível, de massacrar os acusados ali mesmo, com suas próprias mãos, eram nada menos que Eríneas dispostas a se vingar do sangue derramado. Ali não havia reflexão nem razão, eram animais irracionais seguindo apenas suas emoções, seus instintos e impulsos.
Não sei quanto a você, leitor, mas todo esse cenário que perdurou por cinco intermináveis dias me fez pensar, com certo receio, que ainda nos incorporamos muitas vezes do conceito de justiça pela sua ótica mais primitiva e que, talvez, as Deusas Eríneas não sejam apenas figuras mitológicas decorrentes de lendas e tradições, mas sim figuras vivas prontas para despertar, a qualquer momento, dentro de cada um de nós.
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